




Meu nome é Maya, sou uma brasileira de 34 anos apaixonada por vários tipos de arte. Não consigo fazer muita coisa sem música e amo um bom filme de terror. Minha lembrança do primeiro filme de terror que assisti é Hellraiser... eu tinha por volta de 4 anos.
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Bom, entrei no mundo da tatuagem em 2008. Deixei a faculdade de logística para me tornar tatuadora. Naquela época não era como hoje, não haviam escolas ou cursos de tatuagem... Você falava direto com um tatuador e ele mesmo te ensinava, ou você poderia dar a sorte de entrar como aprendiz em um estúdio. No meu caso, foram ambos! Aprendi minhas primeiras coisas (inclusive como soldar agulhas!) com uma tatuadora chamada Fatima Oliveira, na cidade de Campinas, e em 2010, entrei como aprendiz no estúdio da minha queria Deborah Soares. Infelizmente, devido a sérios problemas de saúde, não consegui me manter lá, porém, não parei de tatuar! Não sou nada diferente da maioria, eu atendia nos fundos da casa do meu avô e, ocasionalmente, à domicílio também. Fiquei assim por muitos anos, tatuando, executando minha paixão, e no CLT... afinal... as contas não esperam!
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No começo eu fazia de tudo um pouco, e vale lembrar que não existiam muitas das vertentes que existem hoje... Fineline? Blackwork? Blackout? Nem pensar! Era basicamente colorido, tribal ou preto e cinza.
Fiz muito de tudo isso! Muitas borboletas, nomes, coroas...saber fazer de tudo é a base para a especialização! Me lembro que certo dia, a Deh (Soares) me passou um exercício de sombra (eu tinha MUITA dificuldade em fazer um degradê bonito!)... vendo o meu “sofrimento” ela soltou “- A Maya serve para ser pintora de parede, olha isso, que baita preto sólido!!” caímos na risada, concordei e segui fazendo meus exercícios... Mal sabia eu, que essa frase me ajudaria no futuro! Já já você entenderá!
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Bom, vamos resumir um pouco as coisas... continuei fazendo a minha arte e no CLT durante muitos anos, até que por volta de 2014 eu fiquei somente no CLT. Eu trabalhava em uma escola de cursos profissionalizantes, onde eu era professora de inglês e coordenadora, por tanto, já não me sobrava tempo para as tatuagens e, novamente elas... as contas! Precisei escolher e isso foi muito difícil! Em 2016 me mudei para São Paulo por causa do trabalho. Chegando lá eu vi tanta coisa diferente em termos de arte, que praticamente explodiu minha cabeça! A Deh também comentou comigo certa vez, enquanto me tatuava, que eu era a única cliente dela que gostava de tatuagem bem escura com um pingo de tinta branca... e lá em São Paulo eu vi isso! Vi várias pessoas com blackout no braço e eu pensei “- Poxa vida!! Ai minha parede!! Finalmente algo que eu me identifico 100%” (além claro, do realismo, que sempre foi minha paixão)!!
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Em 2020 nasceu meu filho, em 2021 nasceu minha filha, em 2022 eu me casei e nos mudamos de SP para Minas Gerais. Foi lá, na cidade de Extrema, que voltei a tatuar. Fiz cursos de fineline, blackwork e preto intenso (o famoso blackout) para me inteirar nas novidades e aperfeiçoar meu trabalho, visto que fiquei anos parada.... mas tatuar é igual a andar de bicicleta, uma vez que aprende, não se esquece, só se aperfeiçoa! Naquele mesmo ano viemos para Campinas, cidade do meu nascimento, e estou tatuando no meu estúdio desde então, botando em prática esse meu estilo, que envolve um pouco de cada paixão minha... O Heavy Metal, a arquitetura gótica victoriana e os filmes de terror!
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Só tenho a agradecer à cada um que passou pelo meu caminho, sem cada um de vocês, isso não seria possível! Claro que precisamos buscar incansavelmente alcançar nossos sonhos e objetivos, mas algumas pessoas se fazem essenciais neste nosso caminho de cada dia.
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Por último, mas não menos importante, faço parte do time de artistas Odd Sheep, e isso é uma conquista gigantesca pra mim, que continuo estudando e trabalhando muito para entregar um trabalho impecável para meus queridos clientes, que merecem nada menos do que o melhor!







